Tudo sobre comprar um imóvel, investir ou alugar

Alugar ou comprar um imóvel: o que vale mais a pena?

Na constante dúvida entre alugar ou comprar um imóvel, muitas vezes as decisões são tomadas de maneira precipitada ou, pelo contrário, são adiadas por tempo indeterminado.

Considerando-se que esse assunto implica uma série de variáveis, realizar uma avaliação com base em critérios consistentes, certamente, é o melhor caminho a seguir.

Se você está indeciso quanto ao que é mais vantajoso, saiba, em primeiro lugar, que não existe uma opção melhor de um modo geral, mas existe uma opção melhor de acordo com a intenção de cada pessoa. Isso deve ser um dos fatores preponderantes ao se realizar as análises necessárias para ajudar em sua tomada de decisão.

Para ajudar nesse sentido, nós preparamos este artigo, no qual você encontrará bons argumentos que lhe ajudarão a compreender o que de fato vale a pena, alugar ou comprar um imóvel.

Confira!

Alugar pode ser mais prático

Por motivos de trabalho ou por características pessoais, existem pessoas que não se fixam muito tempo em um mesmo lugar e que estão sempre de mudança. Para essas, o aluguel de um imóvel pode figurar como uma opção interessante, uma vez que facilita o desfazimento dos vínculos de uma pessoa com uma cidade ou com um bairro.

Porém, mesmo para aqueles que ficam pouco tempo em um mesmo lugar, é importante avaliar a aquisição de um imóvel por outro ponto de vista que não seja o de uso próprio. Afinal, o dinheiro pago por um aluguel jamais retornará para o locatário. Quem compra um imóvel consegue minimizar essa situação, mesmo optando por não morar em seu imóvel próprio e alugar outro lugar para atender às próprias necessidades.

Mesmo não estando em uso pelo proprietário, o imóvel pode ser alugado para alguém, e o dinheiro da locação servirá para cobrir o aluguel do outro imóvel que a pessoa preferir. A depender do valor do imóvel adquirido, o dinheiro recebido pode até superar a aluguel que será pago, o que garante ainda uma renda extra.

Assim, mesmo garantida a praticidade, o dinheiro investido na compra do imóvel permanecerá resguardado, na forma de um patrimônio sólido como é o imóvel.

Alugar e investir o capital

Há um argumento favorável ao aluguel que defende a possibilidade de investir o dinheiro que seria destinado à compra de um imóvel em algum ativo que apresente bom rendimento. Assim, com o retorno do investimento seria possível ao investidor pagar um aluguel, e o dinheiro permaneceria intacto.

Ora, de certa forma, voltamos ao primeiro caso, porém considerando a renda advinda da aplicação, e não a do aluguel de um imóvel próprio. Portanto, se o investimento apresentar um retorno suficiente para cobrir o aluguel, a ideia pode até ser boa.

Por exemplo, imagine que você aplique R$ 800 mil em um fundo de renda fixa que pague 0,7% ao mês, o que lhe daria uma rentabilidade bruta mensal de R$ 5,6 mil. Como você teria que sacar o dinheiro todos os meses para pagar o aluguel, considere a alíquota de 22,5% de Imposto de Renda, que é descontada das aplicações por período inferior a 180 dias. Assim, você passaria a ter cerca de R$ 4 mil todos os meses.

Com R$ 800 mil é possível comprar um apartamento usado, com três quartos, no Anchieta. Atualmente, o aluguel de um apartamento com esse valor, no mesmo bairro, gira em torno de R$ 2 mil e R$ 3 mil.

Ou seja, seguindo esse pensamento, você pagaria o aluguel com o rendimento da aplicação e ainda sobrariam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil por mês, o que não seria nada mau.

Porém, não existem garantias de que essa relação entre a rentabilidade e o aluguel permanecerá assim por tempo indeterminado, uma vez que a economia está sempre sujeita a variações bastante acentuadas. Portanto, essa ideia só faz sentido para as pessoas que têm prática com investimentos, uma vez que será preciso monitorar constantemente o rendimento da aplicação, a inflação e a correção do aluguel.

Só assim será possível ter a certeza de que o rendimento da aplicação será suficiente para cobrir o aluguel com folga e por longo prazo.

Para aumentar as chances de o rendimento da aplicação ser sempre superior ao aluguel, a alternativa seria aplicar em ativos de alto risco, que geralmente são mais rentáveis. Assim, para que a ideia dê certo, mais uma vez, é preciso ter conhecimento apurado sobre investimentos para garantir que, no lugar do ganho, não haja uma perda de capital considerável.

Alugar por falta de alternativa

É preciso destacar que a maior parte da população brasileira não tem condições financeiras de comprar um imóvel à vista, o que deixa o aluguel como uma solução que muitos veem como a única opção. Todavia, é preciso avaliar que, como já foi mencionado aqui, o dinheiro pago pelo aluguel jamais retornará para o locatário. Isso significa que, se essa solução for adotada por um longo prazo, ela representará uma descapitalização imensa para o locatário.

Por exemplo, imagine que você alugue aquele apartamento do Anchieta pelo valor de R$ 2 mil por mês. Fazendo uma análise bastante superficial, que considera apenas valores atuais e que deixa de lado os reajustes, em 420 meses — que é o tempo máximo de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) — você pagaria R$ 840 mil de aluguel!

Ou seja, em 35 anos, no lugar de pagar um financiamento bancário que lhe daria acesso a um imóvel próprio, você gastaria o mesmo valor do apartamento, mais um montante suficiente para mobiliá-lo muito bem.

Nesse aspecto, é importante considerar ainda que existe a linha de crédito do consórcio imobiliário, que não cobra juros e é bastante desburocratizada. Essa facilita ainda mais o acesso ao imóvel próprio.

Portanto, pagar aluguel por falta de alternativa pode até ser aceitável como uma justificativa em curto espaço de tempo. Todavia, em longo prazo, esse argumento não se sustenta.

Comprar para ter segurança e valorização

Para quem busca estabilidade, comprar um imóvel é, sem dúvidas, a melhor opção. Antes de tudo, é preciso considerar que esse é um investimento sólido, que apresenta valorização certa em longo, médio e, até, curto prazo.

Vale a pena destacar que o mercado imobiliário oferece oportunidades de investimento com excelente valorização em espaço de tempo bastante reduzido. Esse fato pode ser facilmente demonstrado pelos números do site Agente Imóvel, especializado em avaliações imobiliárias, que registrou uma valorização de 12% no preço do metro quadrado no bairro Sion, no período compreendido entre junho de 2016 e junho de 2017.

Somente investimentos de risco considerável ou de longo prazo apresentaram rentabilidade maior do que essa valorização.

Comprar como negócio

Pense no seguinte: o fato de existirem tantos locatários no Brasil significa que, do outro lado, existem outros tantos locadores. Nesse caso, não considere apenas os locadores pessoas físicas, que são donas de um ou dois imóveis para alugar. De fato, esses representam uma importante parcela do mercado imobiliário. Porém, outra parcela de relevância ainda maior está nas mãos de pessoas jurídicas.

Existem fundos de investimentos, empresas patrimoniais e outras organizações que, por compreenderem que possuir imóveis é um ótimo negócio, investem grande parte dos próprios recursos no mercado imobiliário. Esse tipo de investidor compreende que, por um lado, quem investe nesse segmento garante a segurança e a possibilidade de valorização do próprio patrimônio, como já foi dito anteriormente.

Além disso, existe a rentabilidade que os aluguéis proporcionam, cujos valores são periodicamente reajustados. Assim, enquanto os inquilinos se descapitalizam ao longo do tempo, os proprietários dos imóveis ficam cada vez mais capitalizados pelos aluguéis que recebem e ainda alcançam um valor cada vez maior do patrimônio que constroem. E isso é aproveitado pelos investidores profissionais.

Por esse ponto de vista, a relação entre alugar ou comprar um imóvel fica bastante clara. Quem aluga se posiciona no papel do cliente pagador, ao passo que o proprietário do imóvel se posiciona como alguém que recebe continuamente pelo negócio realizado.

Comprar como realização

Também é importante considerar um aspecto um tanto subjetivo relacionado à compra de um imóvel: a realização que esse ato é capaz de oferecer a quem o realiza. Enquanto a pessoa vive em um imóvel alugado, sem aquela sensação de posse e de pertencimento que o imóvel próprio proporciona, ela pode se sentir incompleta e insegura.

Essa é uma questão bastante particular, e, claro, pode variar de pessoa para pessoa. Porém, é preciso considerar que não é por acaso que a compra de um imóvel é sempre associada a uma grande conquista e à realização de um sonho.

Decidir com convicção

Em nossa análise, foram reforçadas algumas possibilidades interessantes para o aluguel, que foram confrontadas com vantagens consistentes da compra. Nesses confrontos, em vários pontos, foram evidenciadas inúmeras vantagens da compra sobre o aluguel. Porém, como estamos tratando de uma decisão importante, que deve ser tomada sobre um bem de alto valor e com grande capacidade de influenciar a qualidade de vida das pessoas, é preciso ter convicção absoluta antes de tomá-la.

Afinal, uma decisão dessa natureza não pode surgir por impulso, sem que critérios bem definidos sejam observados. Para tanto, é indispensável que você considere as necessidades e os desejos relacionados ao imóvel e também a suas reais condições.

Não tenha dúvidas de que um bom planejamento é o caminho mais seguro para que você obtenha convicção sobre a melhor decisão. A partir de um levantamento preciso sobre o seu orçamento e sobre as economias que você tem disponíveis, você conseguirá estabelecer a dimensão do passo que poderá ser dado. Ao mesmo tempo, é essencial que você faça uma análise profunda de mercado, a fim de avaliar em que direção esse passo deve ser dado.

Contar com a ajuda de um profissional de mercado é sempre interessante para obter informações de qualidade, que lhe ajudarão a encontrar a certeza necessária para sua decisão. Enquanto ela não vier, realmente o aluguel pode ser a melhor solução de momento.

Contudo, se o aluguel for a opção imediata, é essencial que você adote essa medida como precaução e não a transforme em algo definitivo.

Se você ainda está em dúvida sobre alugar ou comprar um imóvel, ou se deseja dar a sua opinião sobre esse assunto, deixe abaixo o seu comentário. Nós queremos muito saber o que você está pensando e teremos satisfação em poder ajudar.

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